sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Haverá mesmo um 13º signo?



Muita gente está comentando sobre a existência de um 13º signo do zodíaco, o Serpentário. O tema vem preocupando muita gente que, depois dessa polêmica levantada por astrônomos, fica em dúvida se continua sendo regido pelo mesmo signo que o acompanha durante toda a vida, ou se deverá se “acostumar” com outro.

Calma pessoal! Pela visão da astrologia (e não da astronomia) está tudo sob controle... A confusão começou quando um dos integrantes do Minnesota Planetarium Society, disse à revista Time que um 13º signo deveria fazer parte da astrologia. E disse mais: “Quando [os astrólogos] dizem que o sol está em Peixes, não está realmente em Peixes”. Em parte ele está certo. Em parte...

É bem verdade que o Sol (a partir da observação da Terra) já não se alinha com as constelações na mesma época do ano. E isso já ocorre há milênios. Porém, esta observação é irrelevante para o Zodíaco Tropical, que é o que a astrologia ocidental utiliza em suas observações – o mesmo sistema adotado por Ptolomeu, no século II. 

Vou explicar melhor: quando os astrônomos olham para o céu, eles veem o Zodíaco Sideral, que são as estrelas fixas. É como se cada pedaço do céu fosse dividido em uma constelação, e Serpentário é uma delas. Por isso, os astrônomos não estão totalmente errados quando fazem esta afirmação. No entanto, para os astrólogos, o que vale é a observação a partir do Zodíaco Tropical, que é relativo aos Trópicos e estações do ano. Nossa astrologia tem uma visão geocêntrica, por isso, baseia-se nos ciclos naturais do planeta Terra, marcados pelas estações do ano – que não são visíveis nas constelações, mas sentidas por nós que vivemos aqui.

O planeta gira!
O planeta Terra está em constante movimentação. Além dos dois movimentos mais famosos que estudamos nas aulas de ciências – rotação e translação –, existe também a Nutação, que é o movimento que o planeta faz em torno do eixo perpendicular ao plano do sistema solar, semelhante a um peão. Este movimento faz ocorrer a Precessão dos equinócios.

E aí é onde está a explicação! É justamente por causa desse movimento que o equinócio de primavera (data em que o dia e a noite tem a mesma duração) passa a acontecer com a entrada do Sol em uma diferente constelação (e não Áries, como deveria ser). Este movimento leva cerca de 26 mil anos para completar um ciclo.

E por conta desses movimentos é que as estrelas fixas (do Zodíaco Sideral) não “batem” com as estações do ano (do Zodíaco Tropical). Ou seja, os nomes das constelações se tornaram referência para o nosso zodíaco, que inicia com Áries na Casa 1, marcando o início da primavera no hemisfério Norte e do outono no hemisfério Sul.

É bom lembrar que a astrologia é um estudo subjetivo, representado pela jornada da alma em torno das 12 consciências da roda zodiacal. Então, continuaremos compatíveis com os mesmos signos, observados desde os tempos de Ptolomeu! E vamos aproveitar para nos conhecer cada vez mais, já que esta é uma das funções da astrologia em nossa vida. 

3 comentários:

  1. Ufa, Fê! Que alívio. Sempre me orgulhei de ser de escorpião. Não gostaria Não gostaria de perder essa parte da minha identidade, rsrsrs.
    Que novidade boa vc na astrologia. Advinha? Nos últimos dias tenho estado obcecada com a idéia de aprender a jogar Tarot. Alguma dica sobre isso? Beijos, querida. Feliz em conhecer este teu espaço. Sucesso!

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  2. Com certeza! Em breve escreverei algo sobre os Arcanos do Tarô (outro assunto que me motiva!)
    beijos!

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  3. Parabéns Fer!
    Nem a reportagem da veja foi tão esclarecedora quanto o seu texto. Principalmente os links sobre a Nutação e a Processão, foram fantásticos.
    Agora, gostaria de saber uma coisa, já me perguntaram e não soube responder. Quais são as caracteristicas e histórias sobre essa constelação?
    É possível, você escrever um pouco sobre a constelação de Ophiuchi, que é representada pelo signo de Serpentário?
    Parabéns novamente.
    Fique com Deus
    Bjos

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